Chicago . Springfield
1 de Julho 2015 - Chicago
Chicago é uma face limpa de NYC, com um longo jardim plantado ao longo do lago Michigan de areais e águas paradas, azul quase turquesa, um mar que não o é sem ondas numa linha carregada de altos edifícios. Chicago é a cena de um filme em cada esquina, o metro que parece entrar janela dentro, jazz a explodir no Millenium Park, suburbios carregados de personalidade e carisma. Um país dentro de cada bairro, como se a baixa fosse apenas para os turistas e para marcar o ponto no local de trabalho.
Gino's é de paragem obrigatória quando se visita Chicago. A pizza da cidade é famosíssima em toda a América pela sua diferença em termos de aspecto, massa alta e sabor. Além disso, o espaço é já tão antigo e reconhecido que passear pelas salas do restaurante e por si só uma experiência.
Encontrar o início da Route 66 pode ser um desafio. E é. É uma pequena placa no meio de edificios gigantes, pontes de metro pelo meio, carros e pessoas. Era isso que víamos na imagem do guia que nos acompanha. E foi isso que encontramos. Aqui está ela, a indicar o principio de uma longa estrada que nos levará à California. Tivemo de dar inumeras voltas em torno do centro, estacionar mal o carro, abrir a porta e correr até à placa para a fotografar, como se apenas isso comprovasse a sua existencia.
Tivéssemos mais tempo e talvez me tivesse apaixonado por ti, Chicago. Mas nem sempre temos tempo para os amores. E é hora de partir.
3 de Julho 2015
Quando chegamos a Springfield, em Illinois, pouco passaria das 21h. Deixamos para trás a skyline e entramos numa cidade que mais se assemelha a vila, onde Lincoln é a palavra mais presente. O presidente americano dá nome a quase todos os edifícios públicos, mas a terra que outrora acolheu Abraham ontem pareceu-nos deserta. Uma cidade fantasma. Enquanto o carro rolava pelas estradas vazias, quase conseguimos contar o número de pessoas na rua e o número de restaurantes abertos no pequeno centro onde o capitólio se apresenta como um monstro histórico. Subimos muros para espreitar a fantástica casa de Frank Lloyd Wright e deslumbramo-nos com o sem número de pirilampos que vagueavam pelas casas de madeira de alpendres vazios. Springfield poderá ter sido uma visita muito curta, mas ofereceu-nos um deslumbre mágico daquela que é a história da Route 66: uma velha e abandonada estação de serviço. Não é difícil, olhando por entre o gradeamento para aquele espaço, deixar-nos entrar numa máquina do tempo e imaginar os carros e roulotes que atravessavam o país com famílias a abastecer neste local. Ansiosa que o caminho nos traga outros lugares assim, de portas abertas para nós.
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