Como toalha azul que se estende do mar pela terra
Hotel Meliã Nassau Beach
Recordo-me dos sorrisos. Dentro do Meliã há sempre um sorriso naqueles que nos atendem. Um homem de sorriso aberto abre-nos a porta do táxi soltando alegremente a frase “Bem vinda às Bahamas”. Entrega-nos a mala para, de imediato, um outro homem nos abrir a porta que nos leva ao interior do hotel. De novo o sorriso. Senti na pele a frescura contrastante com o calor que se fazia sentir no exterior enquanto os olhos se fixaram nos produtos colocados num montra com as imagens da ilha colocadas em t-shirts, conchas a encher as prateleiras, ‘I love Bahamas’ espalhado por todo o lado. O Meliã convida a deixar o mundo para trás. Assim que as portas se abrem, há pequenos sofás espalhados pelo espaço, bares com cocktails prontos a servir, a indicação de um casino ao fundo de um longo corredor, música suave a entrar-nos corpo dentro, arte espalhada pelas paredes onde o azul transborda, um restaurante aberto com design pensado para o conforto, luzes baixas e quentes, longas janelas que acompanham a estrutura do
prédio. No pequeno pátio interno, que se encontra após uma curta escadaria, há homens que assistem a um jogo de basebol enquanto eu me petrifico perante a paisagem. Há um azul cristalino que se estende até ao horizonte e toda a decoração externa foi pensada para parecer uma extensão desse oceano. O azul do mar estende-se pelo azul da piscina, pelo azul dos telhados das pequenas casas construídas no imenso pátio, no azul da mesa de ping pong até ao azul das toalhas que descansam nas cadeiras estendidas pelo areal branco.
Recordo-me da expressão da recepcionista quando me disse onde era o meu quarto. Recordo-me também da minha expectativa assim que me piscou o olho dizendo que gostaria da vista. Não estava errada. Há realmente paisagens pelas quais nos apaixonamos no primeiro instante. Os castanhos da mobília e o branco das colchas contrastava com o imenso azul que as largas portas abertas para uma grande varanda deixavam antever. O mar prostrava-se para lá do quarto como o diamante do hotel. Chá, café e água aguardavam que os recolhessem e os saboreasse numa das cadeiras de verga abandonadas na varanda onde o sol entardecia, enquanto se ouvia o leve bater das ondas e as braçadas dadas na piscina. O barulho dos homens que trabalham diariamente na reconstrução do hotel quase não incomodam. O Meliã está em mudança, em crescimento. A construção mais antiga convive agora com a decoração moderna, não esquecendo a madeira pintada de cores fortes, tão típica de Nassau.
O sorriso agora era meu. E era também do casal que dizia sim no areal. Nós, residentes do Meliã, aplaudimos. À simplicidade tão marcante do momento, ao amor que do Meliã se estendeu mar fora. Afinal, o amor também pode ser azul.
(Clique na fotografia para melhor visualização)
Quartos: Descalço-me. O chão alcatifado convida a deixar o calçado longe. O robe branco pendurado convida a que deixemos as roupas. As cadeiras na varanda a que repousemos. O colchão é suave, a colcha e os lençóis diariamente brancos e limpos. Há menus que aguardam na cama caso nos deixemos invadir pela preguiça, uma televisão que nos chama para o mundo que existe para lá da ilha, poltronas que convidam à leitura ou a outro descanso sempre de olhos prostrados na paisagem que o quarto oferece. O cuidado com o ambiente encontramo-lo nos pequenos cartazes onde o hotel explica a poupança realizada e onde nos convida a fazer parte dessa sustentabilidade. O café, o chá e a água são repostos todos os dias, o barulho dos restantes quartos desaparece quando fechamos a porta. A vista do quarto está dependente da tipologia escolhida e do valor pago, mas em todos existe uma varanda que permitirá uma vista mais ou menos alargada do oceano.
Há mais de 700 quartos, nove escolhas possíveis. Difícil é escolher. Confirmo.
Restauração: O Starbucks é um plus para o Meliã. Existem ainda três restaurantes no interior e um espaço de restauração no exterior que incluem comida tradicional local, gastronomia italiana, internacional e tapas, encontrando-se ainda comida rápida e petiscos nos bares, com vista para o imenso azul. Está prevista a abertura de outros espaços brevemente.
Staff: O sorriso permanente na face e a curiosidade em relação aos que chegam sempre tão presente é o que mais claramente trago na memória aquando o regresso. Extremamente cuidadoso no atendimento e na resolução das questões que apresentei, o staff do Meliã caracteriza-se pela simpatia, atenção e juvenilidade. Porventura, o único senão será o tempo disponibilizado no atendimento. Apesar de irrepreensível, o serviço é um pouco lento, existindo sempre um pedido de desculpas pronto a ser usado.
Localização: Perfeitamente colocado na bela Cable Beach (mais ou menos a meio da ilha de Nassau), o Meliã Bahamas encontra-se a cerca de 15 minutos do centro de Nassau. Para realizar a viagem caso não tenha carro existe serviço de táxi permanente no hotel e a paragem de autocarro encontra-se exactamente em frente ao Meliã onde está também localizada uma pequena feira de artesanato (realizada diariamente) e um bar. A alguns minutos a pé é possível encontrar restaurantes e pequenas lojas locais.
Oferece: Restaurantes, bares, casino, piscina, praia, espaço recreativo para crianças, babbysitting, actividades desportivas ao ar livre, actividades nas Bahamas, spa, médico, organização de eventos, encaminhamento de correspondência, serviço de lavandaria, loja de souvenirs.
Ideal para: Sobretudo para família, grupos de amigos e casais, mas apropriado também para uma viagem sozinho.
(-) Atendimento um pouco lento, ruído da construção
(+) Localização, paisagem.
Site para reservas: www.melianassaubeach.com
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